Quem é o prefeito de Fazenda Rio Grande preso em operação que mira desvio de R$ 10 milhões na saúde
09/10/2025
(Foto: Reprodução) Prefeito de Fazenda Rio Grande, no Paraná, é preso em operação que mira fraudes e desvios
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O prefeito de Fazenda Rio Grande, Marco Marcondes, preso na manhã desta quinta-feira (9), suspeito de participar de um esquema de corrupção e desvio de recursos públicos na área da saúde do município, foi reeleito em 2024 com 79,85% dos votos.
Marco tem 36 anos, é casado e pai de dois filhos. Ele é filiado ao Partido Social Democrático (PSD) e foi vereador entre 2016 e 2020.
Em 2020, foi eleito vice-prefeito na chapa de Dr. Nassib Hammad, em Fazenda Rio Grande. Em 2022, Marcondes assumiu a gestão municipal após a cassação do mandato de Dr. Nassib. Em 2024, foi reeleito com 46.759 votos e declarou um patrimônio de R$ 1.307.031,06.
Prefeito de Fazenda Rio Grande, Marco Marcondes (PSD)
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A prisão do prefeito foi confirmada à RPC, afiliada da TV Globo no Paraná, pela assessoria da prefeitura.
Além do prefeito, outros quatro suspeitos foram alvo da operação, tiveram mandados de prisão preventiva cumpridos e suspensão do exercício de funções públicas.
Os suspeitos, conforme apurou a RPC, são:
Francisco Roberto Barbosa- Atual secretário da fazenda e ex-secretário da saúde;
Alberto Martins de Faria - Auditor do Tribunal de Contas do Estado do Paraná;
Samuel Antônio da Silva Nunes - Sócio da empresa investigada;
Abrilino Fernandes Gomes - Sócio de empresa investigada;
Segundo o MP-PR, os investigados são suspeitos por envolvimento com corrupção ativa e passiva, contratação direta ilegal, peculato e lavagem de dinheiro. A investigação identificou um prejuízo aos cofres públicos superior aos R$ 10 milhões.
A operação contra os alvos foi divulgada pelo MP nesta quinta, mas os nomes dos investigados e presos não havia sido divulgado porque, segundo o órgão, a investigação está sob sigilo. A motivação específica para a prisão dos suspeitos ainda não foi informada.
Em nota ao g1, a defesa de Marco Marcondes disse que está aguardado o acesso completo aos elementos da investigação. Veja abaixo a nota na íntegra:
"Estamos aguardado o acesso completo aos elementos da investigação. Desde já podemos afirmar a lisura da gestão municipal nos contratos firmados. Também manifestamos a disposição do Prefeito para todos os esclarecimentos necessários", informou a defesa.
O PSD também se manifestou por meio de nota. Veja abaixo:
"O PSD vai esperar informações sobre a prisão para se manifestar a partir de dados concretos. A operação está em sigilo judicial. O partido acompanhará o caso e analisará as medidas estatutárias cabíveis, respeitando a presunção de inocência e o devido processo legal."
O g1 tenta identificar as defesas de Alberto Martins de Faria e Samuel Antônio da Silva Nunes.
Manifestações
Em nota, a prefeitura de Fazenda Rio Grande disse que acompanha o caso e que forneceu todas as informações solicitadas pelas autoridades. A administração disse ainda que reforça o compromisso com a transparência e a legalidade, e mantém normalmente a prestação dos serviços públicos à população.
A defesa de Abrilino Fernando Gomes disse que o jornalista tem direito à presunção de inocência, princípio fundamental consagrado na Constituição Federal.
"A defesa acompanha atentamente o caso e confia que todos os fatos serão devidamente esclarecidos dentro da legalidade e do mais absoluto respeito à Justiça", diz a nota.
Sobre Alberto Martins de Faria, o Tribunal de Contas do Paraná (TCE-PR) disse, em nota, que o servidor estava, desde o início do ano, em licença não remunerada. Disse ainda que vai colaborar com as ações do Ministério Público para que o caso seja esclarecido.
"Concluída a investigação, o caso será remetido à Corregedoria-Geral do TCE-PR, para que sejam tomadas todas as providências legais que o caso requeira", diz a nota.
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Investigação
A investigação apontou que o esquema envolveu a contratação direcionada de uma empresa responsável por serviços de testagem domiciliar (testes rápidos) e levantamento estatístico, utilizados para desviar recursos públicos mediante pagamento de propina a servidores de alto escalão.
A Justiça autorizou buscas e apreensões em residências, gabinetes na prefeitura e escritórios em Fazenda Rio Grande e Curitiba.
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