Corretor de imóveis do Paraná é preso por suspeita de fraudar contratos e gerar prejuízos às vítimas que somam mais de R$ 4 milhões
16/09/2025
(Foto: Reprodução) Corretor de imóveis é preso suspeito de fraudar contratos de vendas de imóveis no PR
O corretor de imóveis, João Vitor Alves de Mattos, de 35 anos, foi preso preventivamente na manhã desta terça-feira (16) em Cascavel, no oeste do Paraná. Ele é suspeito de fraudar contratos de compra e venda de imóveis em Toledo, na mesma região.
A investigação apontou que o prejuízo gerado a pelo menos nove vítimas já soma mais de R$ 4 milhões. As informações são do delegado Rodrigo Baptista Santos.
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Segundo o delegado, a polícia começou a investigar João há dois meses. A princípio, quatro vítimas tinham sido identificadas, mas no decorrer da apuração do caso, outras cinco pessoas disseram ter sido lesadas pelo corretor.
Em agosto, policiais cumpriram mandados de busca e apreensão na casa dele, onde foram apreendidos diversos documentos e contratos.
O delegado informou ainda que, conforme apurado na investigação, João abordava as vítimas da mesma maneira.
"Os golpes consistiam basicamente entre ele se colocar entre o vendedor e o comprador, falando valores diferentes para ambos e alterando páginas dos contratos para que cada uma das partes acreditasse na sua versão", explicou o delegado.
Corretor de imóveis foi preso na manhã desta terça-feira (16), em Cascavel.
Polícia Civil (PC-PR)
Devido ao número de vítimas, ao tamanho do prejuízo gerado às vitimas e a constância nos golpes, Santos decidiu representar pela prisão preventiva do corretor. João foi encaminhado para a cadeia pública de Toledo.
O inquérito policial deverá ser finalizado em até 10 dias. Segundo o delegado, João será ouvido e, posteriormente, indiciado pelos crimes de fraude em documentos e estelionato.
Em nota, o advogado Sérgio Canan, que atua na defesa de João, informou que vai recorrer da prisão. Veja abaixo a nota na íntegra:
"Prisão no mínimo irregular, pois estava internado por recomendação de médico psiquiatra. Ademais foi informado no inquérito policial onde o João Vitor se encontrava, a razão do internamento e que compareceria na Delegacia imediatamete após a alta. O pedido de prisão assim serve para dar satisfação para os credores do João Vitor mas não respeita pessoa psicologicamente adoentada e ofende a Lei Penal e a dignidade de uma pessoa que só foi internada para tratamento de forte ideação suicida. Amanhã mesmo apresentarei pedido de revogação desta errônea prisão, ofensiva à dignidade e completamente sem amparo legal", alegou a defesa.
Em cumprimento de mandado de busca e apreensão na casa do corretor, polícia apreendeu documentos e contratos.
Polícia Civil (PC-PR)
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